Esta é a dúvida número um de quase todo empreendedor. Seja no início da empresa, ou até mesmo quando a empresa começa a crescer e é possível trazer novos funcionários, há sempre a dúvida em saber se vale a pena ou não contratar familiares.
Todo empreendedor sempre tem o receio de que, em algum momento, aquele parente confundirá o pessoal e o profissional, e as coisas começarão a dar errado.
É por essa razão que a grande parcela dos empreendedores dirão que simplesmente não vale a pena, pois, invariavelmente, em algum momento aquele parente acreditará que tem uma maior liberdade dentro da empresa. E assim que ele acreditar nessa liberdade, começará a agir da maneira que achar melhor.
Talvez seja verdade que contratar um familiar significa a garantia de uma futura dor de cabeça. Porém, se essa é a regra, também é igualmente importante saber reconhecer as exceções. E com certeza elas existem.
As regras para saber se um familiar lhe dará algum trabalho são as mesmas para saber reconhecer um funcionário ruim.
Se você não sabe o que fazer para evitar um mau funcionário, vale a pena ver este artigo: O que considerar para evitar contratar maus funcionários.
Então vamos lá, vale a pena contratar um familiar na empresa? Veja os principais indicativos para tomada de decisão.
1) Não saber distinguir o pessoal do profissional
A primeira característica que permite reconhecer um parente que não vale a pena contratar é não saber distinguir o pessoal do profissional. Sabe aquele parente que faz comentários inapropriados sobre sua vida pessoal na frente dos seus funcionários?
Aquele que diz coisas como:
“Ei, fulano, lembra daquele dia que fomos no lugar tal e você fez aquela coisa que todo mundo achou engraçado?”
Aqui não me refiro a qualquer comentário, é claro, mas àqueles que atacam a sua autoridade na frente dos funcionários.
Parentes assim são certamente pessoas que não valem a pena ter na sua empresa.
Pode até ser que seus comentários não sejam maldosos, mas se a pessoa traz situações da sua vida pessoal para dentro da empresa, isso já é indicativo suficiente para que ela não saiba diferenciar o pessoal do profissional.
2) Aquele parente que acredita que você tem alguma obrigação com ele
Uma segunda característica para reconhecer um parente que trará dor de cabeça para sua empresa é aquele parente que acredita que você tem alguma obrigação com ele.
Sabe aquela pessoa que fala coisas como:
“olha, fulano, você já ganhou tanto aí na sua empresa, por que não pode me ajudar com valor X?”
Esse é claramente um tipo de pessoa que você deve evitar trazer para sua empresa, seja ela parente ou não.
Pessoas assim sempre acreditarão que você deve alguma coisa a elas, e assim que elas perceberem seu sucesso, sua dívida com elas aumentará ainda mais.
3) Histórico prévio
Uma terceira característica que também não pode ser ignorada é o histórico prévio daquela pessoa.
Todos temos aqueles parentes que estão sempre pulando de um emprego a outro e sempre botam a culpa no empregador. São pessoas que nunca buscam qualquer evolução, mas nunca param em um emprego porque o chefe era isso ou aquilo.
É nesse ponto que muitos donos de empresa erram. Eles sabem do histórico daquela pessoa, sabem como será o comportamento dela dentro da empresa. Contudo, ainda assim preferem dar uma chance e apostar que dessa vez ela fará diferente.
Não há problema em acreditar nas pessoas, é claro. Porém, vale sempre pensar: você daria essa mesma chance se aquela pessoa fosse qualquer outro candidato a um emprego e não um parente seu?
Se você se sente compelido a oferecer aquela vaga simplesmente porque aquela pessoa é um familiar seu, então agora é você quem está confundindo o profissional e o pessoal.
Lembre-se que antes de contratar aquela pessoa é necessário ponderar sobre qual a função daquela pessoa dentro da empresa, quais os seus deveres e obrigações. Contratar por contratar, sejam quem for, nunca é o mais inteligente a fazer.
Considerar cada uma dessas características certamente o ajudará a saber se é uma boa ideia contratar aquele parente ou não.
Se você está em dúvidas se aquele parente é uma exceção à regra, poderá buscar esses indicativos e ter algum auxílio na sua decisão.
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