Talvez você já tenha ouvido falar em empresas startup aqui e ali, e talvez até já tenha se perguntado se é a hora de se desafiar e tentar criar a sua própria.
Porém, apesar desse tipo de empresa ser bastante atrativa e parecer um caminho rápido para testar uma ideia, a coisa não é assim tão fácil.
Muita gente acredita que começar uma startup é algo fácil, que basta ter uma ideia, encontrar alguns investidores, e que a coisa começará a andar a partir dali. Há sempre uma simplificação dos desafios e das dificuldades que serão enfrentadas, sem um conhecimento real das dificuldades de uma empresa iniciante.
Por isso, neste post falaremos de como analisar se realmente é hora de arregaçar as mangas e começar todo o processo de criação de uma startup. Mas, antes, vamos entender melhor o que, afinal, é uma startup.
O que é uma startup?
De maneira simples, uma startup é uma empresa em estágio inicial, que possui baixo custo de operação, e que está em fase de desenvolvimento para um modelo de negócios escalável e de alta lucratividade.
Isso significa, então, que toda empresa em estágio inicial é uma startup? Não exatamente. O que se espera de toda startup é que ela seja uma empresa disruptiva em algum grau ou em algum ponto dentro de um setor. (Não sabe o que é uma empresa disruptiva? Veja este artigo: Entenda o que são empresas disruptivas)
Ou seja, toda startup espera resolver um problema bastante específico dentro de um setor, ou até mesmo trazer um produto ou serviço inovador. Por isso, o propósito de uma startup é testar a viabilidade do seu produto ou serviço, bem como a própria escalabilidade do negócio.
Com isso, uma startup deve sempre trazer algum grau de inovação para o seu setor de atuação e deve se basear em um modelo de negócios escalável, com grande potencial de lucro.
E, como, então, saber que devo iniciar minha própria startup?
Fatores a analisar
A primeira coisa a ter em mente é que a criação de uma startup não depende apenas de uma ideia boa. Muitas pessoas acreditam no mito de que basta ter uma ideia genial sobre como resolver determinados problemas do mercado para se ter um modelo de negócio escalável e lucrativo.
Mas, vale sempre lembrar: no empreendedorismo, ideias só valem alguma coisa quando são acompanhadas de experiência de mercado e validação. Daí que startups não nascem de insights geniais, mas de percepções profundas sobre como melhorar aquele setor e conseguir aproveitar ainda mais o seu potencial. E, para isso, é necessário que você conheça muito bem daquele mercado.
Algumas perguntas que podem ajudá-lo a determinar se está na hora de começar sua própria startup:
– Eu já tenho uma boa experiência de trabalho nesse setor?
– Há algum problema ou processo que poderia ser melhorado e que eu sei como melhorá-lo, ou até mesmo poderia montar uma equipe para isso?
– Esse problema pode ser transformado em um modelo de negócio escalável?
– Quais são as maiores fraquezas atuais desse mercado?
– A minha empresa conseguirá resolver alguma destas fraquezas?
– Os grandes players do mercado falham em atender esta demanda?
– Qual a estrutura mínima que preciso para apostar nesta ideia?
– Consigo obter uma validação rápida daquilo que pretendo criar?
De um modo geral, as perguntas acima estão centradas em quatro eixos centrais:
1) Que o criador da startup tenha um bom conhecimento de mercado,
2) que este mercado tenha pontos de melhoria,
3) que a solução destes pontos de melhoria gere um modelo de negócio rentável e escalável, e
4) que a execução do projeto possa ocorrer com uma estrutura mínima e de baixo custo.
Aqui, vale lembrar que escalável significa um modelo de negócio capaz de abocanhar parte considerável daquele setor, seja através do atendimento aos consumidores, ou através do atendimento à outras empresas daquele setor.
Por isso, a necessidade da disrupção. Sua empresa precisa trazer algo novo, que possa ser executado em uma estrutura mínima, mas que possua altíssimo grau de escalabilidade. Essas características são determinantes em uma startup de sucesso.
Conclusão
Para que você possa recapitular os pontos principais do texto:
– Criar uma startup não depende apenas de capital de investimento inicial, mas sobretudo da análise de diversos fatores que irão contribuir para o crescimento do negócio.
– Os fatores principais que garantem o sucesso de uma startup são:
1) solução de um problema importante para aquele mercado, e
2) criação de um modelo de negócio rentável e fortemente escalável. (Quer mais dicas sobre gerenciamento e criação de startups: veja este texto: Contabilidade para startups: dicas para um pitch de sucesso)
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